Os testes contribuem para a análise da eficácia dos procedimentos de segurança definidos no Plano de Emergência do aeroporto
Pela segunda vez, o exercício simulado de sequestro de aeronave de Viracopos foi realizado pelo COT (Comando de Operações Táticas), que é a unidade de operações especiais e contraterrorismo e ações ilícitas da Polícia Federal.
Pelo menos 200 pessoas, incluindo os 144 passageiros fictícios, participaram do simulado de sequestro da aeronave estacionada no hangar da Azul, localizado em Viracopos. Além de testar da forma mais real possível os sistemas e os procedimentos no aeroporto, o princípio básico das ações visou também garantir a segurança dos passageiros e da tripulação, além de demais pessoas envolvidas na operação do lado de fora da aeronave.
De acordo com a programação do exercício simulado, 7 sequestradores armados tomaram uma aeronave estacionada em um dos pátios de aeronaves do aeroporto quando a tripulação da Azul se preparava acessar o avião. Na ação fictícia, o voo estava prestes a decolar para Recife e tinha 144 pessoas a bordo, incluindo os tripulantes.
O comandante do avião informou à Torre de Controle sobre a situação de sequestro da aeronave às 10h14, Em seguida, o próprio líder dos sequestradores avisou à Torre de Controle do aeroporto que havia se apoderado da aeronave. Em seguida, a Torre comunicou o fato à CAMES (Central de Acionamento e Monitoramento Eletrônico de Segurança) de Viracopos.
A CAMES acionou todas as organizações de segurança e de operações envolvidas. A partir desse momento, foi ativado o COE (Centro de Operações de Emergência) e foi constituído o CGC (Centro de Gerenciamento de Crises) do aeroporto, formado por cinco grupos: de Decisão, Operacional, Tático, de Negociação e de Apoio.
O simulado foi coordenado pelo delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da Delegacia da PF de Campinas. Os Grupos de Decisão e Operacional foram formados por Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Diretoria de Viracopos, ANAC, representantes da companhia aérea Azul, Gerência de Segurança, Gerência de Operações e Assessoria de Imprensa de Viracopos.
Ao final do exercício, o COT invadiu a aeronave após encerramento das negociações e um dos sequestradores foi morto. Os demais foram presos. Um policial ficou ferido e os reféns foram resgatados com sucesso. O exercício teve duração total de quase três horas. Agora, um relatório será elaborado e ficará à disposição da ANAC e da Polícia Federal.
O ESAIA-2021 foi planejado pela Assessoria de Gestão de Qualidade e Experiência do Cliente de Viracopos, responsável pelo setor de Controle de Qualidade de Segurança da Aviação Civil (CQ-AVSEC), e executado pela Gerência de Segurança de Viracopos, em conjunto com as demais instituições.
O diretor de Operações de Viracopos, Marcelo Mota, considerou que o Simulado permitiu analisar os pontos positivos e negativos a serem melhorados pelo aeroporto. A realização do ESAIA-2021, além de atender aos requisitos do RBAC nº 111 [Regulamento Brasileiro da Aviação Civil], é de grande importância para a verificação da eficácia dos procedimentos de segurança definidos no Programa de Segurança Aeroportuária de Viracopos.
“O simulado foi um sucesso porque permitiu avaliar quais os sistemas e os procedimentos que podem melhorar a prontidão operacional de Viracopos em eventos dessa natureza”, disse Mota.
ESAB
Poucos minutos antes do simulado de sequestro de aeronave, Viracopos realizou também nesta sexta-feira (26/11), o Exercício Simulado de Ameaça de Bomba (ESAB), que durou aproximadamente uma hora e ocorreu de forma integrada com o ESAIA.
O ESAB ocorre anualmente conforme previsto na norma RBAC 111, no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC) e no Programa de Segurança Aeroportuária (PSA) de Viracopos. Este simulado também contou com a participação da Polícia Federal.
O Simulado de Ameaça de Bomba começou às 9h15 após a identificação de dois telefonemas anônimos e simultâneos para a Torre e para a CAMES, que traziam a comunicação fictícia de um suposto artefato explosivo no aeroporto. A CAMES comunicou o COE (Centro de Operações Emergência) de Viracopos que havia recebido uma denúncia informando a existência de possível um artefato explosivo.
Pelo enredo do ESAB, o grupo que coordenava o exercício descobriu que o comunicado de bomba foi realizado pelos sequestradores da aeronave para confundir as autoridades de segurança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.